“Caminhandando...!”
“Com os pés nus, a mente livre e a alma despida de qualquer ranço, vivandei por estranha estrada de terra viva, crua e batida pelo tempo, mas que não me tratava como um forasteiro, ao contrário: em cada aldeola que me aprochegava, era recebido com alegres bandeirolas que se agitavam nas cores do vento, num aceno sincero: seja bem-vindo!
Entrei, traguei, fiz amor com amor e prazer, deixei sementes de meu sêmen, e parti em direção à luz no horizonte da estrada estranha que me levaria ao meu destino, e como um bom homem/menino, cheio de sonhos e desatinos, com os mesmos pés nus e com a mente ocupada por lembranças, mirei para o horizonte, onde apontava meu nariz, e assim sigo caminhandando até o infinito...!”