Por vezes se tornam
controladores de mim;
Sem mais
nem menos, me envolvem em quimeras,
Ofuscam-me
a razão, contraio as pupilas;
Contraídas,
meu coração acolhe tudo,
Quase
sempre enganado e enganando-me.
Acalento o que não tenho ou perdi,
Deslembro-me
“ingenuamente” dos tesouros conquistados;
Vejo-me
absorto num horizonte improvável, encharcado de interinidade,
Vislumbrado
pelo devir e atraído pelo que nem sei;
Impulsionado,
chafurdo a minha memória,
Sabotando
aquilo que me pode trazer esperança.
Admito ser pesado o alforje que carrego;
Quisera
eu outros impulsos para substituí-lo pelo Teu,
Sabidamente
mais leve;
Quisera
eu outros impulsos que me subtraíssem o controle,
Impelindo-me
em entrega-lo inteiramente a Ti;
Quisera
eu, pudera eu...