Qual o corpo ideal?
Aquele que é forte, saudável, que guarda sua essência,personalidade, sua alma, seus sonhos, vontades e devaneios. Aquele que te leva pra onde você quer ir. Que guarda teus prazeres. Que tem suas próprias formas. Que expressa a leveza da alma e o brilho dos teus olhos. Aquele que carrega suas roupas, seu estilo, suas marcas, cicatrizes. Que carrega a tua história. Tuas curvas precisam conduzir a tua energia, controlar (ou não) os teus impulsos, teus passos. Podem ser generosas. Podem ser retas, planas, roliças. A forma, isso é o que menos importa. Vivemos um mundo onde as pessoas que pouco olham pra si, sentem-se confortáveis em olhar para os outros e opinar nas curvas, gorduras, magrezas e cicatrizes que não são suas. Magro(a) demais? Gordo(a) demais? Muita celulite? E essas estrias?
Quando teremos coragem de olhar o brilho dos olhos, e dizer: Feliz demais. Seguro(a) demais. Ousado(a) demais. Corajoso(a) demais. “ dono(a) de si” o suficiente. Competente demais. Uma consultora de imagem disse que perguntam pra ela sempre: “ o que devo usar para disfarçar o meu quadril enorme?" A resposta é: “tu realmente quer esse disfarce? Teu quadril é um incomodo pra ti a quanto tempo? Quem te disse que ele é grande demais?"
Use o que tu quiseres, o que te faz feliz. Já temos muitas regras e restrições, que o teu quadril não te impeça de usar nada. “Mas sempre disseram que eu não posso usar volume”... Meu amor: só tu sabes das tuas lutas diárias, das contas que tens pra pagar, dos fardos “e volumes” que carregas nas costas. O volume do teu quadril é o de menos. Te preocupes, da tua alma não ter peso demais, da tua vida ser mais leve. Te preocupes com o que faz teus olhos brilharem, dos amores que são teus, e do tanto de sonhos que tu tens pra conquistar. Não deixe que ninguém te digas o que deve ou não usar. Ou pior, não deixes que julguem a medida do teu quadril, da tua barriga, das coxas e dos teus braços. Que possamos deixar o corpo dos outros, e o nosso próprio corpo em paz. Que possamos nos preocupar com o que realmente importa. Que possamos entender que nunca, jamais, a imagem importa mais do que nossa personalidade, nossos valores, e a vida que a gente leva.