Está flor, que rasga o nevoeiro que cobre barcos e marujos!
É está forma estranha que naufraga nas minhas águas!
...E submerge no meu cais...! Que rosa negra, flutuante no meu mar!
Veleja em minhas turvas águas! E cai no centro do meu cais!
Que flor é está? Que rasga o nevoeiro...
Prende - me, nas rodas a velas, prende - me nas espumas, que tece as bordas das rochas!
As máquinas e as manivelas!
— Eu quebrei o gelo do teu coração! Como o afago das plumas em céu bronzeado!
Pelas praias de navio que veleja, que brame âncoras quebradas.
Que teu riso, seja as espumas que em céu dourado, range as dracmas perdidas!
...Meu barco navega!
Nos lenções de areias do teu brando sorriso! De águas cristalinas...
Cai as pedras dos ares...
Tempestade do mar negro, pelo brilho da noite!
Cai sobre os mares, teu eu perdido, caiu nas águas e nos abismos!
E por ti, submergida, nas fluentes, que goteja tuas lágrimas de amor!
Oh céu! Oh mar, duas testemunhas que nos guiam!
A essência aromática de tua alma, exala no meu oceano fugaz!
— A ti pertencido!
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