marimar8

 
registro: 08-05-2011
"Even the sun sets in paradise "
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DEFINIÇÕES


Natureza - Lindas Imagens

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta 
um capítulo.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa. 

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára. 

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido. 

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista. 

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora. 

Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja. 

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado. 

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. 

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. 

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma. 

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros. 

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia. 

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário. 

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato. 

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele. 

Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra. 

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. 
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?

Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação, 
Esse negócio de amor, não sei explicar.

 



Definitivo como tudo........

Definitivo, como tudo o que é simples. 
Nossa dor não advém das coisas vividas, 
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. 

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos 
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções 
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado 
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter 
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que 
gostaríamos de ter compartilhado, 
e não compartilhamos. 
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. 

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas 
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um 
amigo, para nadar, para namorar. 

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os 
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas 
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. 

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. 

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo 
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, 
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. 

Por que sofremos tanto por amor? 
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma 
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez 
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz. 

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um 
verso: 

Se iludindo menos e vivendo mais!!! 
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida 
está no amor que não damos, nas forças que não usamos, 
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do 
sofrimento,perdemos também a felicidade. 

A dor é inevitável. 
O sofrimento é opcional...
Carlos Drumond de Andrade


Amei-te e por te amar......


Amei-te e por te amar 
Só a ti eu não via... 
Eras o céu e o mar, 
Eras a noite e o dia... 
Só quando te perdi 
É que eu te conheci... 

Quando te tinha diante 
Do meu olhar submerso 
Não eras minha amante... 
Eras o Universo... 
Agora que te não tenho, 
És só do teu tamanho. 

Estavas-me longe na alma, 
Por isso eu não te via... 
Presença em mim tão calma, 
Que eu a não sentia. 
Só quando meu ser te perdeu 
Vi que não eras eu. 

Não sei o que eras. Creio 
Que o meu modo de olhar, 
Meu sentir meu anseio 
Meu jeito de pensar... 
Eras minha alma, fora 
Do Lugar e da Hora... 

Hoje eu busco-te e choro 
Por te poder achar 
Não sequer te memoro 
Como te tive a amar... 
Nem foste um sonho meu... 
Porque te choro eu? 

Não sei... Perdi-te, e és hoje 
Real no [...] real... 
Como a hora que foge, 
Foges e tudo é igual 
A si-próprio e é tão triste 
O que vejo que existe. 

Em que és [...J fictício, 
Em que tempo parado 
Foste o (...) cilício 
Que quando em fé fechado 
Não sentia e hoje sinto 
Que acordo e não me minto... 

[...] tuas mãos, contudo, 
Sinto nas minhas mãos, 
Nosso olhar fixo e mudo 
Quantos momentos vãos 
Pra além de nós viveu 
Nem nosso, teu ou meu... 

Quantas vezes sentimos 
Alma nosso contacto 
Quantas vezes seguimos 
Pelo caminho abstracto 
Que vai entre alma e alma... 
Horas de inquieta calma! 

E hoje pergunto em mim 
Quem foi que amei, beijei 
Com quem perdi o fim 
Aos sonhos que sonhei... 
Procuro-te e nem vejo 
O meu próprio desejo... 

Que foi real em nós? 
Que houve em nós de sonho? 
De que Nós fomos de que voz 
O duplo eco risonho 
Que unidade tivemos? 
O que foi que perdemos? 

Nós não sonhámos. Eras 
Real e eu era real. 
Tuas mãos - tão sinceras... 
Meu gesto - tão leal... 
Tu e eu lado a lado... 
Isto... e isto acabado... 

Como houve em nós amor 
E deixou de o haver? 
Sei que hoje é vaga dor 
O que era então prazer... 
Mas não sei que passou 
Por nós e acordou... 

Amámo-nos deveras? 
Amamo-nos ainda? 
Se penso vejo que eras 
A mesma que és... E finda 
Tudo o que foi o amor; 
Assim quase sem dor. 

Sem dor... Um pasmo vago 
De ter havido amar... 
Quase que me embriago 
De mal poder pensar... 
O que mudou e onde? 
O que é que em nós se esconde? 

Talvez sintas como eu 
E não saibas sentil-o... 
Ser é ser nosso véu 
Amar é encobril-o, 
Hoje que te deixei 
É que sei que te amei... 

Somos a nossa bruma... 
É pra dentro que vemos... 
Caem-nos uma a uma 
As compreensões que temos 
E ficamos no frio 
Do Universo vazio... 

Que importa? Se o que foi 
Entre nós foi amor, 
Se por te amar me dói 
Já não te amar, e a dor 
Tem um íntimo sentido, 
Nada será perdido... 

E além de nós, no Agora 
Que não nos tem por véus 
Viveremos a Hora 
Virados para Deus 
E n´um(...) mudo 
Compreenderemos tudo.

Fernando Pessoa


A dádiva de viver

A dádiva de viver

Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem divina.
Olha, mas não vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...
Perdido na névoa densa que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.
Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.
Sua vida na terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você. Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida, tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.
Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.
Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias, e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.
Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça, ou da chuva a rolar sobre sua face.
Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma. Sinta o gosto pela vida. 
Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.
Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.
Sinta-se vivo ao apreciar o vôo da borboleta ou do pássaro à sua frente.
Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho, ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados fazendo e desfazendo-se sobre seus olhos. Quão maravilhosa é a vida!
Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro universo, olhe o chão. Quanta vida há no chão...
Minúsculos seres caminhando na terra, na grama... A formiga na sua luta diária pela sobrevivência... A aranha, a tecer sua teia caprichosamente, e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo.
Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.
Somos caminhantes da estrada, somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres, mas que se tornarão luminosas e brilhantes.
Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus.
Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.
A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.
E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.


Esvaziando os armários de nossa vida

 Todos os anos, há um momento em que olhamos nossos armários com um olhar crítico.

Olhamos aquelas roupas que não usamos há tanto tempo. Aquelas que tiramos do cabide de vez em quando,

vestimos, olhamos no espelho, confirmamos mais uma vez que não gostamos e guardamos de volta no armário.

Aquele sapato que machuca os pés, mas insistimos em mantê-lo guardado.

Há ainda aquele terno caro, mas que o paletó não cai bem, ou o vestido "espetacular" ganho de presente de

alguém que amamos, mas que não combina conosco e nunca usamos.

Às vezes tiramos alguma coisa e damos para alguém, mas a maior parte fica lá, guardada sabe-se lá porquê.

Um dia alguém me disse: tudo o que não lhe serve mais e você mantém guardado, só lhe traz energias negativas.

Livre-se de tudo o que não usa e verá como lhe fará bem.

Acontece que nosso guarda-roupa não é o único lugar da vida onde guardamos coisas que não nos servem mais.

Você tem um guarda-roupa desses no interior da ment De uma olhada séria no que anda guardando lá.

Experimente esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhe serve mais.

Jogue fora idéias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam energia.

Faça uma limpeza nas amizades, aqueles amigos cujos interesses não têm mais nada a ver com os seus.

Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas, tóxicas, sem entusiasmo, que tentam lhe arrastar

para o fundo dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento. A insegurança dessas

pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia, e lá vai você junto com elas. Junte-se a pessoas

entusiasmadas que o apóiem em seus sonhos e projetos pessoais e profissionais. Não espere um momento certo,

ou mesmo o final do ano, para fazer essa "faxina interior". Comece agora e experimente aquele sentimento

gostoso de liberdade. Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve. Liberdade de experimentar o

desapego. Liberdade de saber que mudou, mudou para melhor, E que só usa as coisas que verdadeiramente lhe

servem e fazem bem. 
http://www.youtube.com/watch?v=0IRWaqRf4zQ&feature=related