IsabelCris

 
registro: 28-03-2010
Un cuore che cerca, sente bene che qualcosa gli manca; Ma un cuore che ha perduto, sa di che cosa è stato privato."
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Último jogo

Tudo passa...

Todas as coisas na Terra passam. 
Os dias de dificuldade passarão... 
Passarão, também, os dias de amargura e solidão. 

As dores e as lágrimas passarão. 
As frustrações que nos fazem chorar... Um dia passarão.

A saudade do ser querido que está longe, passará. 

Os dias de tristeza... 
Dias de felicidade... 
São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal 
as experiências acumuladas. 

Se, hoje, para nós, é um desses dias, 
repleto de amargura, paremos um instante. 
Elevemos o pensamento ao Alto 
e busquemos a voz suave da Mãe amorosa, 
a nos dizer carinhosamente: 'isto também passará' 

E guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre, 
semelhante a enorme embarcação que, às vezes, parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas. 

Mas isso também passará porque Jesus está no leme dessa Nau 
e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a 
agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade 
e que um dia também passará.

Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro 
porque essa é a sua destinação. 

Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, 
sem esmorecimento e confiemos em Deus, 
aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo, também passará.

Tudo passa... 
exceto Deus. 

Deus é o suficiente! 

Chico Chavier

 

 

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.

      (Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,

      Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente

      E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,

      E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro

      Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada,

      Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos

      Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,

      Pagã triste e com flores no regaço.

 

Ricardo Reis