Deixamos aquele abraço pra depois, o beijo de saudade pra amanhã, deixamos pra dizer o quanto estamos sentindo falta daquele alguém para depois, deixamos o almoço em família pra outro dia e decidimos não ligar para aquele alguém hoje, melhor deixar para amanhã.
Deixamos a saudade pra amanhã, o eu te amo, o pedido de desculpas, o perdão, a oração e a gratidão pra depois. Esperando que o depois sempre vem. Afinal, estamos sempre ocupados demais, preocupados com outras coisas e o hoje não nos oferta tempo. Deixamos para depois. O problema é: Quem nos garante que ele chegará? Quem pode afirmar que amanhã você terá como ligar e dizer: Estou com saudade de você? Quem pode garantir que o eu te amo não ficará guardado, que o abraço, o beijo, o pedido de desculpas, o perdão não ficarão para trás? Quantos eu te amos enterrados pelo medo, quantos pedidos de desculpas enterrados pelo orgulho, quantas falas de saudade enterradas pela falta de tempo. Quanto perdão deixado para amanhã sem se quer imaginar que o amanhã não chegaria. O tempo de amar é hoje, é agora. O tempo de perdoar é hoje, é agora.
