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paz_na_lua
Santa Maria
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Ad infinitum
Ultima partita
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onde há amor, e resiste, e existe.. floresce, a vida flor aparece.. sublime cresce, morre, renasce
a chuva cai e o raio de luz ofuscante estronda e explode em meio ao mato
a cachoeira fria lava minhas orelhas e as pedras
resta, cantar. ouvir o som da água
gelada, fria, apática
congelada
fria
.
e quando brincar de e quando?
e quando a verdade não tem mais graça? e quando a graça vira sua única verdade?
e quando a garça não mais voa pelos pastos verdejantes?
e quando o garçom não matou o verdureiro?
e quando a monção de inverno não chega na hora da morte? e quando no outono não ouverem mais
árvores peladas?
e quando o futebol será um esporte de mulheres nuas?
e quando a sua pele pegar fogo ao pular da cachoeira?
e quando voce viu pessoas tomando banho de roupa?
e quando as onze horas da noite, no verão, sem ventilador, eu estava sentado de cueca
assistindo o bbb 11? e quando maria lembrou de sua mãe?
e quando não ouverem mais orações? e quando eu vou parar de pensar?
e quando poderei falar com quem eu não conheço?
e quando você vai parar para pensar em dinheiro?
e quando agora nós vamos começar a pensar em sexo?
e quando começaremos a discutir sobre nossos corpos? e quando abandonaremos as ideias infames?
e quando caímos em tentações? e quando tensos não pensamos, tropeçamos e caímos?
e quando conseguiremos nos levantar quando não há mais chão?
e quando poderei criar matéria bruta para pisar firme?
e quando aprenderei a ser sutil?
e quando minha educação me ajudou? e quando estiver morrendo de fome?
e quando farei aquele curso de etiqueta na mesa que é tão necessário para minha vida?
e quando eu comecei a padronizar as coisas? e quando eu vi onde e porque acharia que quem sabe
fazer sabia ser sábio?
e quando eu comecei a olhar para o céu? e quando eu achei que o passarinho era um avião?
e quando acharam que o avião estava parado?
e quando o avião estava parado e era um helicóptero?
e quando meus padrões começaram a ficar sem graça?
e quando inventarão uma máquina para voarmos parados?
e quando criaremos as nossas próprias asas? e quando inventaram o computador? e quando ainda
inventaram a internet? e quando conhecerei o inventor dessas maravilhas modernas?
e quando eu nasci na modernidade?
e quando morrerei triste? e quando terminarei de ler minhas verdades?
e quando sabotarei meu destino?
e quando eu, sem asas, com o horizonte a espreita, transcenderei o céu?
e quando acabar?
Auto-retrato sem sentido.
-Quem me conhece sabe que sempre fui de cabeça dura e estômago fraco,
olhos de verdade e ouvidos de velhaco,
boca mansa e sem faro,
o qual a falta substiuía apenas um diabo que morava dentro de mim.
-Morava?