Essa sensação de euforia causada pelas notícias falsas,
impede o desenvolvimento de um senso crítico em quem as recebe.
É a "infantilização emocional", que faz com que poucas pessoas se preocupem
em checar a origem ou a veracidade da informação.
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O problema dessa crença é que as pessoas que recebem informações sobre política
não querem saber se são verdadeiras.
"Ela age com impulsividade.
Não pesquisa, não quer saber quem mandou.
Só pensa em dar impacto àquela informação que ela recebeu,
como se fosse algo exclusivo,
e numa impulsão, ela repassa aquilo como se fosse algo
que vai alterar a realidade do mundo."
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O psiquiatra explica ainda que esse movimento causa uma angústia,
que leva a pessoa a imaginar que é portadora de uma novidade,
que deve ser contada com extrema urgência.
O sentimento, explica ele, é o mesmo quando alguém ouve uma fofoca.
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"Ela, então, transmite informações não checadas,
capazes de gerar uma curiosidade ampliada em outras pessoas,
além de um alto nível de identificação e propagação de conteúdo.
O campo da política é muito propício para esse fenômeno.
Uma certeza é que as fake news são um fenômeno novo
que atrai pessoas com transtornos de personalidade sérios.
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E por aí vai ...
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45767478 26/10/2018