Passas anos e anos, quase uma vida, a julgar que não vales muito, que o mundo não dá pela tua presença, que te tornaste praticamente invisível. Até que, um dia, decides que chega, que está na hora de deixares de te esconder. E mostras-te ao mundo e abres-te ao mundo. E o mundo apercebe-se de que, afinal, és especial. Diferente, mas [e por isso] especial. Tremendamente especial.
Os medos eclipsam-se. Os muros desmoronam. E só resta entregares-te de corpo e alma a esse mundo que permitiste que te descobrisse.
Não precisas que seja uma multidão, nem sequer um punhado de gente. O teu mundo é, não raras vezes, uma única pessoa. Uma. E é quanto te basta.