Ai, coração...
E agora, o que faço?
Você bate tão de mansinho, quase não o ouço...
Tão baixinho, tão escondido, não te sinto...
Estou de volta a minha solidão
Ela sorri e me abraça.
É tão frio seu abraço, tão vazio
E tão cheio de nada...
Chove, coração...
Esta ouvindo?
Até parece que a natureza adivinha...
Ela é sabia, pois traduz
O que estou sentindo,
Pois as lágrimas que verti por dentro,
Estão lá fora, inundando o mundo.
De repente, quem sabe,
A chuva que agora ouço,
Pode servir de cobertor
Aos solitários,
Aos sem ninguém
E que, por terem a solidão como companheira
E não terem ninguém com quem compartilhar-se
Sentem mais que muita gente
Sentem mais profundamente
E agora, coração?
Quem v*i ouvir o meu grito?
E entender o meu pranto?
Não existe mais o acalanto,
Não existe mais o aconchego
Não existe mais o ombro amigo.
E agora, coração?
O que faço?
Sou forte,
Mas também,
SOU CRIANÇA.
MariseBH
belépett:
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