Passeio pelo labirinto do teu corpo. Desço escadas suaves feitas da tua pele e procuro o centro do teu prazer.
- Faço do meu corpo uma arquitectura impossível. Pernas colunas de alabastro, espelhos do teu olhar, coxas em arcos coloridos que te acolhem, candelabros de olhos em flashes brancos que iluminam os nossos corpos em formas labirínticas.
- Encontro-te. Ao fim de escadas impossíveis. Subo e desço e chego por fim ao teu êxtase total.
Sufoco o grito depois do orgasmo, sufoco o grito porque não me quero ouvir, sufoco o grito abafado no gesto.
Guardo o prazer para o dia em que estarei vivo.
Hoje sou uma estátua de mármore.
Toca-me! A lisura da pele das estátuas é igual à cor do meu desejo.
- Sabes que te amo?
- Sei. Mas agora dorme. Sonha com Adónis.