Parecia uma guerra com o teclado, escrevia e apagava. Não era medo de cometer erros bobos de colocação pronominal ou de ortografia, era apenas a emoção que brincava com meus pensamentos.
Demorei 40 minutos para escrever duas frases. Ocultei minha vontade de sair correndo a seu encontro, lágrimas surgiram em meio a lembranças e nenhuma palavra preenchia o vazio que sinto por não o ter ao meu lado.
Tinha a minha frente o pior texto que produzi na vida – eram apenas duas simples frases que não falavam de amor e quem as lesse não perceberia o quanto gritava a saudade dentro de mim.
Se alguém conseguir uma maneira de falar de amor sem parecer algo ridículo,
dou-lhe o papel em branco e desejo boa sorte.
Tentei escrever uma carta que expressasse o que sinto, mas só consegui um recado mal redigido. Mesmo assim, tive coragem de enviá-lo.
Ele não leu o sentimento escondido, sei que é difícil interpretar o não dito, talvez seja melhor assim.