Li um artigo de Pamela Camocardi, professora, psicóloga e escritora que vão ao encontro de muitos dos meus pensamentos. A reciprocidade na vida reflecte se em todos os actos e vivências que temos. E o amor, obviamente é parte fulcral e preponderante. Partilho com todos.
O conselho é clichê, mas é uma das maiores verdades que há:
Não existe amor sem reciprocidade.
Você pode ler todos os artigos sobre “como conquistar alguém”, pode ser a pessoa mais encantadora do mundo e pode ter viajado o mundo todo, mas não serão essas as atitudes que farão alguém gostar de você. E o motivo é simples: as pessoas são livres para amarem quem quiserem.
Por comodismo ou medo, as pessoas permanecem em relacionamentos frios e predestinados a fracassar. Insistem até o último momento porque o rótulo de “relacionamento sério” é o que mais importa. A sociedade está acostumada a um amor de novelas, aos turbilhões de sentimentos e ao frio na barriga na escala "fahrenheit". Dão mais valor ao “eu te amo” do que as atitudes que comprovem a frase.
A verdade é que as pessoas deixam se iludir por situações conveniente a elas. Acreditam no “não ligou porque perdeu meu telefone” ou “é só medo de se entregar”, porque acreditam ser menos doloroso do que enfrentar a realidade.
Algumas pessoas, simplesmente, não valem o esforço. Não valem as noites mal dormidas, os encontros cancelados, nem as indirectas no facebook. Quando há interesse é quase automático o ato de “fazer acontecer”. Quem quer, dá um jeito de ter. Quem se importa, volta para se desculpar. Quem ama demonstra.
Então, meça suas acções e verifique se a oferta não está maior que a procura. Não insista quando perceber que você não é prioridade, nem arrume desculpas para o desinteresse alheio. Há pessoas que simplesmente não valem a música que você dedicou a ela.
Pamela Camocardi
Há uns dias li um texto do Carpinejar que me fez reflectir sobre isto: “A indiferença é uma doença muito mais grave. Alguém que não está aí para o que faz ou não faz, para onde vai e quando volta. De solidão, chega a do ventre que durou nove meses.”
Seja recíproco: dê o que espera receber dos outros, mas não insista no que não é dado de forma espontânea. Algumas coisas não valem o esforço que fazemos.
Este texto será o meu último pelos tempos mais próximos, aliás muitos de vós até já se acostumaram às minhas longas ausências. Não sei quando regresso.
Abraços e beijos a todos e todas que fazem ainda o favor de me ler. O meu obrigado.
Até um dia desses, em algum lugar desse Mundo, por vezes parece tão pequeno por termos quem amamos e gostamos na porta do lado. É isso que ainda nos alimenta e faz seguir em frente.
E peço desculpa, a alguém especial, tão especial pela forma abrupta e seca como um dia saí de cena. Sem aquela palavra mais importante: amo-te.