Há pessoas que nos libertam...
Há outras que nos aprisionam e asfixiam.
Há pessoas capazes de extrair de nós o que
há de melhor e mais bonito...
há outras que colocam em evidência
toda a nossa imperfeição.
Há pessoas que nos tomam pela mão e nos conduzem...
há outras que nos empurram para o
abismo da desorientação.
há outras que vão colocando espinhos na nossa cruz.
Há pessoas que nos injetam vida,
otimismo, confiança...
há outras que aniquilam nosso equilíbrio e temperança.
Há pessoas que nos fazem multiplicar nossos
poucos talentos...
há outras que nos fazem enterrar os
poucos que supúnhamos ter.
Há pessoas que são balsâmicas em nossas vidas...
há outras que tornam completamente inócua a nossa lida.
Há pessoas que nos estruturam e nos levantam...
há outras que nos fragmentam e nos desmontam.
Assim posto, até onde o destino o permitir,
que possamos ficar longe daqueles que
nos são corrosivos, e que possamos ficar
perto daqueles que nos são benfazejos.
Mas as vêzes, por uma destas razões incompreensíveis
da natureza humana, descobrimos com espanto que
há pessoas que simultaneamente nos elevam e nos abatem...
nos levantam e nos derrubam...nos apedrejam
e deitam bálsamo nas nossas feridas.
E, mais perplexos ainda ficamos,
quando constatamos que por um capricho
da Criação, ou quem sabe, da nossa mísera
condição, não somos vítimas
passivas deste processo, e que
vivendo e interagindo, vamos nós também distribuindo
(querendo ou não querendo) alegrias e dores,
mágoas e alentos, luz e escuridão...
Como se dançássemos em perfeita simetria
Ou como se contracenássemos em
perfeita sintonia com os nossos
"balsâmicos algozes".
Tal é a humana condição... eis a questão!
Tenham um lindo domingo!